UX: coisa de cinema.

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Em 28 de dezembro de 1895 os irmãos Lumière exibiam o primeiro filme de todos os tempos, “A chegada de um trem à estação da Ciotat”, na França. Os 60 espectadores atentos e curiosos, ao se depararem com as imagens em movimento à sua frente, correram para fora do pequeno cômodo, DESESPERADOS. Eles temiam serem atropelados pelo tal do trem que vinha em sua direção, na tela.

Parece absurdo, né? Surreal e tolo correr de uma projeção, você deve estar pensando aí do outro lado da tela. ENTÃO, hoje é. Na época, era uma experiência inédita, estranha e realmente assustadora – você vai concordar comigo se conseguir colocar-se na posição deles.

Pois bem. Esse texto não é sobre cinema, não, mas eu já te dei várias pistas do verdadeiro motivo de eu ter feito você parar seu dia pra prestar atenção aqui: hoje é dia de UX.

Se você nunca ouviu falar sobre isso, anota com amor no coração: a sigla é nova, mas desde que os homens saíram das cavernas já aplicamos esse conceito aí – tá, talvez não desde essa época, mas já faz tempo.

A tal da experiência

Bom, eu te contei essa historinha sobre os primórdios da sétima arte por dois motivos: primeiro porque agora você pode contar isso pra alguém que quiser impressionar (rs) e segundo porque, acredite se quiser, isso é uma perfeita demonstração do que é UX.

Vamos dar nomes aos bois? UX significa “experiência do usuário” – fica menos assustador assim, né? É um conceito que observa, compreende e otimiza o quanto determinada plataforma é prazerosa para seu usuário, do início ao fim dessa interação.

A melhor forma de fazer isso é literalmente observar essa experimentação e entender o usuário, ou melhor, SER O USUÁRIO.

Esse conceito, por razões óbvias, tem sido muito utilizado entre desenvolvedores de software – afinal, o software imita a vida (ou pelo menos se propõe a) e sua experiência deve ser intuitiva e agradável.

“MAS E O TREM, PÔ?”

Então, olha que coincidência: sabe o que também imita a vida? O cinema. E ele também tem tudo a ver com experiência.

Já se perguntou por que você se dispõe a sair da sua casa, enfrentar trânsito e estacionamentos de shopping lotados, pagar (caro, muitas vezes) para permanecer por duas horas sentado numa sala escura, rodeado de estranhos e acompanhando a história de personagens que nem existem de verdade? Que você jamais vai conhecer ou interagir?

PENSA COMIGO: você deliberadamente PAUSOU A SUA VIDA para observar, em silêncio, a vida de outras pessoas (de novo, que nem existem de verdade) por algumas horas. (?)

Sabe por que você fez e fará isso ainda muitas vezes na vida? Porque você gosta da experiência do cinema. De cada etapa, do início ao fim.

O mesmo vale para outras escolhas que você faz na vida: seu restaurante favorito, seu hotel favorito, sua loja de roupas ou mercado de preferência. Te garanto: você os escolheu pela experiência.

Como eu disse, faz tempo que nós ninamos direitinho o bebê UX. A tecnologia, a concorrência, a lucratividade ou quaisquer outros fatores, entretanto, obrigaram empresas a olharem para esse conceito sobre outra perspectiva: a do próprio usuário.

Essa preocupação por parte dos empregadores, por sua vez, fez com que uma série de profissionais passassem a se dedicar inteiramente a isso: otimizar a experiência das pessoas que utilizam um determinado produto ou serviço.

Isso mudou O MERCADO INTEIRO: ao mesmo passo que quem desenvolve se preocupa mais com “os sentimentos” de quem usa, quem usa também exige mais de quem desenvolve.

Entendeu?

Por hoje é isso. Aquele abraço!

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