Existe uma grande movimentação acontecendo no Brasil e nós não poderíamos deixar de falar sobre isso: PODCAST! A mídia briga pelo seu espaço no coração dos brasileiros há alguns anos e, agora, sobe ao pódio dos vencedores. O podcast aportou em terras brazucas – e vai de vento em popa.
Podcast: me explica?
Se você não o conhece, “faz favor” de respeitar: o formato de mídia em áudio não é novidade por aqui.
Em 2004 timidamente surgia o Digital Minds, criado por Danilo Medeiros – o primeiro podcast brasileiro a ser lançado. O pioneiro logo deu vazão a outros programas de mesmo formato, dando início a esta movimentação. Em 2005, então, foi organizada a primeira edição da Conferência Brasileira de Podcast (PodCon Brasil).
Não há tempo a perder, certo? SIM! Nessa mesma ocasião foi formada a ABPod – Associação Brasileira de Podcast.
“Mas se existe há tanto tempo, porque só agora eu ouço falar sobre isso?” Temos um belo motivo para explicar esse fenômeno. Vamos lá:
No início, esse formato midiático era consumido em IPods e Iphones, itens de luxo no Brasil. Por isso, muita gente não tinha acesso – e sequer sabia que o podcast existia. Antes, não havia outra forma de consumir esse conteúdo. Hoje o cenário mudou – obrigado!
A democratização do acesso aos smartphones, a atenção que operadoras deram à melhora na conexão com a internet via celular e o surgimento das plataformas de streaming trouxeram um novo céu, bem azulado, para o mundo dos Podcasts.
2019: o ano dos podcasts no Brasil
Segundo uma pesquisa feita pela Deezer, o consumo de podcasts cresceu 67% no Brasil no último ano. UAU! Os brasileños bateram a França, a Alemanha e a indústria começou a tomar forma por aqui.
Ainda, a pesquisa demonstrou que 25% desse público tende a consumir mais de uma hora de programas em áudio por dia. Isso é muito relevante – especialmente para a publicidade!
Na tradução livre, esses dados significam espaço para divulgação de produção fácil e menor custo para quem anuncia.
A monetização desse serviço também é um prato cheio para os produtores de conteúdo da podosfera. E as grandes empresas de streaming já perceberam a vantagem de avançar mais por este território: recentemente, Spotify desembolsou um valor estimado em US$ 230 milhões pela Gimlet, empresa especializada em podcasts.
E tem mais: a empresa estima que, daqui a alguns anos, cerca de 20% do consumo da plataforma será de conteúdo não musical. Ou seja: podcasts!
Monetização e lucros
Quando o assunto é lucratividade dentro da podosfera, podemos citar alguns nomes de peso. Provavelmente, você já ouviu falar sobre o Jovem Nerd. Se não, a gente te explica: o Jovem Nerd é um portal de conteúdo voltado ao público Geek, que fala sobre cinema, tecnologia, quadrinhos, desenhos animados e muuuitos outros temas que dizem respeito ao universo Geek.
Eles também são os proprietários do Nerdcast, um canal muito popular dentro do universo do podcast. Os conteúdos envolvem muita publicidade, sempre divulgando produtos de interesse dos ouvintes do canal.
O Nerdcast tá na área há mais de 10 anos, senhoras e senhores! Hoje em dia, já é um nome de respeito entre os consumidores de podcast no Brasil – e também lá fora, tá?
Mas a monetização desse tipo de conteúdo é muito importante para incentivar novos produtores de conteúdo, interessadíssimos em fazer crescer ainda mais essa comunidade emergente nas terras tupiniquins.
Se você nunca ouviu um podcast, é hora de repensar! A podosfera está crescendo e tem gente de peso investindo nela (como falamos anteriormente).
Além de ser mais barato de ser produzido do que um vídeo, por exemplo, é um conteúdo que pode ser consumido enquanto as pessoas fazem outras coisas – e isso é uma barreira a menos para que alguém queira te ouvir (ou ouvir sobre o que você quer vender a elas).
Pensem nisso, raparigos! Por hoje é só, mas ainda vamos falar muito sobre essa mídia por aqui. Tchau!